Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as
coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo. Apocalipse 1.3.
Leitura na versão Corrigida Fiel - Português
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Juízes 16
1
E FOI Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela.
2
E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Cercaram-no, e toda a noite
lhe puseram espias à porta da cidade; porém toda a noite estiveram quietos, dizendo: Até à
luz da manhã esperaremos; então o mataremos.
3
Porém Sansão deitou-se até à meia noite, e à meia noite se levantou, e
arrancou as portas da entrada da cidade com ambas as umbreiras, e juntamente com a tranca as
tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima até ao cume do monte que está defronte
de Hebrom.
4
E depois disto aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque,
cujo nome era Dalila.
5
Então os príncipes dos filisteus subiram a ela, e lhe disseram:
Persuade-o, e vê em que consiste a sua grande força, e como poderíamos assenhorear-nos dele
e amarrá-lo, para assim o afligirmos; e te daremos, cada um de nós, mil e cem moedas de
prata.
6
Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua
grande força, e com que poderias ser amarrado para te poderem afligir.
7
Disse-lhe Sansão: Se me amarrassem com sete vergas de vimes frescos, que
ainda não estivessem secos, então me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem.
8
Então os príncipes dos filisteus lhe trouxeram sete vergas de vimes
frescos, que ainda não estavam secos; e amarraram-no com elas.
9
E o espia estava com ela na câmara interior. Então ela lhe disse: Os
filisteus vêm sobre ti, Sansão. Então quebrou as vergas de vimes, como se quebra o fio da
estopa ao cheiro do fogo; assim não se soube em que consistia a sua força.
10
Então disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim, e me disseste
mentiras; ora declara-me agora com que poderias ser amarrado.
11
E ele disse: Se me amarrassem fortemente com cordas novas, que ainda não
houvessem sido usadas, então me enfraqueceria, e seria como qualquer outro homem.
12
Então Dalila tomou cordas novas, e o amarrou com elas, e disse-lhe: Os
filisteus vêm sobre ti, Sansão. E o espia estava na recâmara interior. Então as quebrou de
seus braços como a um fio.
13
E disse Dalila a Sansão: Até agora zombaste de mim, e me disseste
mentiras; declara-me pois, agora, com que poderias ser amarrado? E ele lhe disse: Se teceres
sete tranças dos cabelos da minha cabeça com o liço da teia.
14
E ela as fixou com uma estaca, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti,
Sansão: Então ele despertou do seu sono, e arrancou a estaca das tranças tecidas, juntamente
com o liço da teia.
15
Então ela lhe disse: Como dirás: Tenho-te amor, não estando comigo o teu
coração? Já três vezes zombaste de mim, e ainda não me declaraste em que consiste a tua
força.
16
E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e
molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte.
17
E descobriu-lhe todo o seu coração, e disse-lhe: Nunca passou navalha
pela minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser
rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como qualquer outro
homem.
18
Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou
chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele
todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o
dinheiro.
19
Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e
rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele
a sua força.
20
E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu
sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que
já o SENHOR se tinha retirado dele.
21
Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no
descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere.
22
E o cabelo da sua cabeça começou a crescer, como quando foi rapado.
23
Então os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande
sacrifício ao seu deus Dagom, e para se alegrarem, e diziam: Nosso deus nos entregou nas
mãos a Sansão, nosso inimigo.
24
Semelhantemente, vendo-o o povo, louvava ao seu deus; porque dizia: Nosso
deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e ao que destruía a nossa terra, e ao que
multiplicava os nossos mortos.
25
E sucedeu que, alegrando-se-lhes o coração, disseram: Chamai a Sansão,
para que brinque diante de nós. E chamaram a Sansão do cárcere, que brincava diante deles, e
fizeram-no estar em pé entre as colunas.
26
Então disse Sansão ao moço que o tinha pela mão: Guia-me para que apalpe
as colunas em que se sustém a casa, para que me encoste a elas.
27
Ora estava a casa cheia de homens e mulheres; e também ali estavam todos
os príncipes dos filisteus; e sobre o telhado havia uns três mil homens e mulheres, que
estavam vendo Sansão brincar.
28
Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te
lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos
filisteus, pelos meus dois olhos.
29
Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha
a casa, e arrimou-se sobre elas, com a sua mão direita numa, e com a sua esquerda na outra.
30
E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a
casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que
matou na sua morte do que os que matara em sua vida.
31
Então seus irmãos desceram, e toda a casa de seu pai, e tomaram-no, e
subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. Ele
julgou a Israel vinte anos.